Israel reduz entrada de ajuda humanitária em Gaza para pressionar Hamas a cumprir acordo de cessar-fogo

  • 14/10/2025
(Foto: Reprodução)
Hamas entrega corpos de mais quatro reféns a Israel O grupo terrorista Hamas devolveu a Israel os corpos de mais quatro reféns. O relógio na Praça dos Reféns, em Tel Aviv, não parou. A angústia continua para as famílias que não receberam os corpos dos reféns de volta. O Marco lembrou que, no Judaísmo, poder enterrar o corpo é muito importante. Israel identificou os quatro corpos entregues na segunda-feira (13). Guy Iluz era engenheiro de som e tinha 26 anos. Foi ferido durante o massacre dos terroristas do Hamas no festival de música Nova. De acordo com as forças de Israel, ele morreu por não receber tratamento adequado no cativeiro. O estudante nepalês de agricultura, Bipin Joshi, tinha 23 anos e trabalhava em um kibutz. Amigos contaram que, naquele fatídico 7 de outubro, ele salvou vidas ao se livrar de uma granada arremessada pelos terroristas. Israel reduz entrada de ajuda humanitária em Gaza para pressionar Hamas a cumprir acordo de cessar-fogo Jornal Nacional/ Reprodução Joshi foi sequestrado e assassinado nos primeiros meses da guerra. Daniel Perez tinha 22 anos e era capitão do Exército israelense. Ele morreu tentando impedir os terroristas do Hamas de invadirem Israel, e o corpo dele foi levado para Gaza. Yossi Sharabi tinha 53 anos. Foi sequestrado no kibutz em que vivia, junto com o namorado da filha. O rapaz foi libertado um mês depois, e Yossi foi assassinado no cativeiro. À noite, o grupo terrorista Hamas entregou os corpos de mais quatro reféns. Os terroristas ainda precisam devolver outros 20 corpos. Nesta terça-feira (14), como previa o acordo, 45 corpos de palestinos foram entregues por Israel à Cruz Vermelha e levados para Khan Younis, na Faixa de Gaza. Os 20 reféns israelenses libertados na segunda-feira (13) seguem em observação médica. A nutricionista-chefe de um dos hospitais explicou que as primeiras providências foram pesar os reféns e fazer exames de sangue para identificar as deficiências de minerais e vitaminas. Muitos reféns voltaram subnutridos. É o caso do Evyatar - que, em agosto, apareceu em um vídeo esquálido, cavando o que era para ser a própria cova. Parentes dos reféns contaram que ainda deve levar dias ou até semanas para que eles tenham alta do hospital. A cunhada do Eitan disse que tudo o que ele mais queria era comer uma boa refeição, rir e brincar com os sobrinhos. Depois do alívio do cessar-fogo, o sentimento entre israelenses e palestinos com quem conversamos é de preocupação. Os dois lados sabem que há muitos obstáculos, até para os objetivos mais imediatos do plano de paz. O palestino Amin está preocupado com a reconstrução de Gaza. “Tudo foi destruído. Não tem comida, não tem água, remédio, nada, nada”. A porta-voz da Cruz Vermelha explicou que é difícil circular em Gaza, com tanta destruição, para levar ajuda a quem precisa. “Vai levar muito tempo para conseguirmos atender às necessidades básicas das pessoas”, disse Sarah Davies. Israel reduz entrada de ajuda humanitária em Gaza para pressionar Hamas a cumprir acordo de cessar-fogo Jornal Nacional/ Reprodução O prefeito da cidade de Gaza alertou que os moradores precisam de tendas e abrigos, urgentemente, porque as temperaturas vão cair com a chegada do inverno. Diversas entidades ligadas à ONU cobraram nesta terça-feira (14) que Israel libere a entrada de mais ajuda humanitária. O governo de Israel notificou a ONU que a entrada de suprimentos em Gaza será reduzida pela metade. A passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, também permanecerá fechada enquanto o Hamas não devolver todos os corpos de reféns. Outra preocupação em Gaza é com a violência. Há relatos de conflitos internos entre gangues palestinas rivais e execuções. E, nesta terça-feira (14), as forças de Israel atiraram em um grupo que tentava se aproximar das tropas. O Exército de israelense ainda ocupa cerca de metade do território palestino. A fragilidade da trégua também preocupa o israelense Yonatan. A mãe dele, Vivian Silver, era uma das mais reconhecidas ativistas pela paz na região. Foi brutalmente assassinada no 7 de outubro. O Yonatan contou que, quando a mãe foi morta, ele sentiu que tinha a responsabilidade de continuar o trabalho dela; que, se mais pessoas tivessem parado para ouvi-la, o 7 de outubro não teria acontecido. E concluiu, dizendo que, nesse conflito histórico, é preciso acabar com a polarização: “Trabalhar juntos, judeus e muçulmanos, israelenses e palestinos, e aliados em todo o mundo sob a bandeira da paz e da igualdade é muito mais construtivo”. LEIA TAMBÉM Terroristas do Hamas devolvem a famílias de Israel os 20 reféns que sobreviveram a mais de 700 dias de cativeiro; outros 28 estão mortos Trump afirma que a segunda fase do cessar-fogo de Gaza já começou ‘É o fim de uma era de terror e morte. Este é o amanhecer histórico de um novo Oriente Médio’, diz Trump Trump, o negociador: presidente dos EUA buscou acordo de paz em Gaza desde o início do segundo mandato

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/10/14/israel-reduz-entrada-de-ajuda-humanitaria-em-gaza-para-pressionar-hamas-a-cumprir-acordo-de-cessar-fogo.ghtml


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