Don Toliver entrega trap melódico e 'autotunado' em show com pausa por motivos de segurança
06/09/2025
(Foto: Reprodução) Show de Don Toliver é paralisado por motivos de segurança
Coube ao rapper texano Don Toliver esquentar o público do palco Skyline do The Town para a atração mais esperada deste sábado (6) de festival: Travis Scott, uma espécie de padrinho musical dele.
A empolgação foi tanta que o público invadiu o fosso na frente do palco, reservado para fotógrafos e outros credenciados. Com isso, houve uma pausa de cerca de 20 minutos na apresentação. O rapper pediu que os fãs se acalmassem. Depois, uma pessoa da organização repetiu várias vezes para que o público desse passos para trás e para o lado.
Antes do tumulto, Toliver despejou seu trap melódico com vocais emotivos “autotunados” e fortes influências do R&B, gênero surgido em igrejas e comunidades negras americanas nos anos 40 e sigla para ritmo e blues, responsável por ser o estilo base de outros como soul e rock.
Público enlouquece no show de Don Toliver
A carreira do rapper de 31 anos ganhou força em 2018, quando foi descoberto por Travis e entrou para a gravadora Cactus Jack.
Nesta noite, o setlist foi abastecido por músicas do álbum “Hardstone Psycho”, de 2024, disco no qual mergulhou no universo das motocicletas. Inspirado pelas Harleys do tio, ele uniu essa estética ao hip-hop.
O show passeia por essa e outras tendências. Ele parece um frontman de banda de rock clássico ao interagir com seu guitarrista e emula um popstar da eletrônica quando surge como uma silhueta neon no telão.
Don Toliver se apresenta no The Town 2025
Fábio Tito/g1
Todos esses recursos são costurados por uma trilha cantada por uma espécie de crooner cheio de amor para dar. Uma nota de fofoca: ele tem um filho de um ano e meio com a também cantora Kali Uchis, com quem tem um relacionamento.
Caleb Zackery Toliver estava animado, mas não precisou de muito para encantar a plateia que recebeu com sinalizadores para o alto canções como “Kryptonite”, que abriu o show.
O repertório não foge muito da ideia que ele apresentou no álbum Heaven or Hell (2020). Sim, Toliver tem um lado mais ao “céu”, de versos suaves e sentimentais. Mas ele também tem um lado infernal, voltado para excessos e badernas. O público do The Town aprovou os dois.
Cartela resenha crítica g1
g1